domingo, 16 de março de 2008


Se o horizonte tivesse um limite de visitas, meus olhos já estariam barrados à tempos, pois nessa varanda eu paro todos os momentos e tento mergulhar fundo nele até ver minhas costas. Eu vejo todos os dias as pessoas indo e voltando de suas rotinas, vejo os pássaros que sempre param nos fios de alta tensão, vejo as nuvens que sempre me mostram desenhos diferentes e me fazem pensar, e se eu me esforçar eu vejo, de noite, que Jorge não mata o dragão e sim brinca com ele.
O horizonte é o meu ponto de fuga, é o meu desejo, esperança, é o meu futuro. Não quero mais olhar o horizonte dessa varanda, eu quero que alguém me veja no lugar que mais me intriga e que essa pessoa tenha o mesmo desejo e vá me encontrar para dizer tudo o que me viu fazer e o que queria fazer. O horizonte é lindo ao meu ver, não há dor, nem sofrimento, nem violência, mas sim uma brisa boa de esperança e vontades, que quanto mais vejo, mais aumenta no meu horizonte interno.

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